Autora: Gláucia Sued G. S. Teixeira
“Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.” Paulo Freire.
Há uma questão que permeia a sociedade, desde os períodos pré-históricos até os dias hodiernos. Ainda hoje é pertinente nos questionarmos: Quem educa quem? Em que mãos estão o mister de educar (do latim Educare – Ex fora, exterior; ducere guiar, instruir, conduzir), guiar, instruir ou conduzir o outro?
Alguns estudiosos defendem que esta tarefa deve ser atribuída aos profissionais da educação, intelectuais licenciados e pessoas capacitadas e habilitadas para tal.
Diante disto, há de se pensar que tipo de educação queremos? De que tipo de educação falamos: instrutiva, informativa, emocional, afetiva, espiritual? Quem as detém?
“Quem instrui, oferece meios para que a mente alargue a compreensão das coisas e entenda a vida. Quem educa, cria os valores ético-culturais para uma vivência nobre e ditosa. Quem evangeliza, liberta para a vida feliz”. (Amélia Rodrigues)
Assim sendo, o Educador Paulo Freire, expertise no assunto, foi sábio em afirmar: “ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”.
A educação, no seu sentido integral, na verdade, é uma troca de saberes, dizeres e emoções.
Todo ser vivente na Terra, animado ou inanimado, de todos os reinos, tem algo a nos ensinar.
O ser humano, dotado de razão e inteligência que ocupa o topo da cadeia evolutiva, deve assumir o papel de educador, no sentido daquele que cria possibilidades, propõe caminhos para produção e construção do conhecimento, numa interlocução de ideias com o educando, no chamado processo ensino-aprendizagem.
Este, portanto, é o caminho para o conhecimento e o conhecimento enquanto caminho.